quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O sexo que fazemos é pura categoria

Capítulo 23

Em casa, no quarto do casal, Alberto foi abraçar a esposa. Sai. De. Perto. Pensa que eu esqueci da ceninha com aquela vagabunda? Credo, amor. Credo, o escambau. Se encostar em mim hoje, vai perder aquilo que você mais ama. O quê, você? Não fique com gracinhas que hoje seu passe tá valendo quase nada. Humpf!! Sexo hoje, então, nem pensar. À esta menção, ele se lembrou instantaneamente de quão maravilhosa foi a tarde e deixou escapar um leve sorriso. O quê, eu falando com você e você pensando em outra coisa? Aposto que é naquela magrela desgraçada!! Não, amor, só pensei em como você fica linda, quando fica nervosa. Humpf! Não mude de assunto (passando a mão nos cabelos). Ah, Melissa, como você sabia sobre do Marinho? Segundo o que sua mãe disse para nós e também o que vimos, ele estava bem. Deixe de ser besta, Alberto, pois sabia que eu tive um pressentimento. Eu senti claramente que iriam levar nosso filho embora. Já se esqueceu de como é forte o instinto maternal? Ah, isso é verdade. Fora que o fato de não havia mais ninguém lá, não é bom sinal. Ah, mas que bom que você pressentiu isso. Mas, devia ser somente coincidência. Afinal, quem iria querer fazer mal ao nosso garoto?? Ain, que dor no peito agora!! O que foi, amor? Um aperto forte no peito, uma angústia. Alberto, temos que tomar muito, muito cuidado. Sinto que tem alguém visando nosso filho. O quê, como assim? Você ficou burrinho, agora? Não sei te explicar, mas tive um forte pressentimento agora que podemos perder nosso filho. Credo, mulher, eu que não vou deixar isso acontecer. Jamais!!
Amor, vem deitar. Amanhã, você não tem consulta? Pois não vou. Amanhã cedinho desmarco. Humpf. Cachorro! Me traindo com uma desmilinguida sem sal. Que mau gosto, hein? E euzinha aqui, esse poço de beleza e sedução. Teria coragem de me trocar por outra? - com os cabelos soltos e os braços em volta do pescoço do homem. E você acha que eu resisto a "uma" Melissa? Como é que é? Ah, depois te explico. Agora vem cá que vou te mostrar como se faz para agradar quem se ama. Convencido! Meu gato gostoso, eu é que vou te mostrar como agradar. Você não me aguenta. Ah é, vamos ver quem dá mais, então. Rá! Rá!
De manhã, toca o telefone...bom dia, é a senhora Sabrina falando? (Sou eu sim, seu demônio dos infernos!!!). Sim, sou eu mesmo. Estou somente ligando para confirmar a consulta com o doutor. (Enfia essa consulta no seu %&&#@**, sua vaca maldita!!! E quando eu te encontrar, arranho todinha essa sua cara de peroba). Ah, terei que desmarcar, pois infelizmente, não acordei disposta. (Sua desgraçada, morra lentamente no caldeirão do inferno). Ah, tudo bem, senhora. Podemos marcar para outro dia, se preferir. Ah, não, pode deixar, neste momento prefiro não decidir nada, mas assim que melhorar, eu mesma entrarei em contato. Tudo bem, senhora. Tenha um bom dia. Você também (quero é que morra).
E então, ela virá? Não, ela desmarcou a consulta. Ah que pena, hoje seria uma consulta especial. Como assim? Ora, ora, quem sabe o que poderia acontecer com uma paciente sem memória e um doutor experiente e sabido? Está falando de hipnotismo? Mas, eu não disse nada, você é que está falando. Está bem, como se eu não te conhecesse bem, doutor. Não, você não conhece. Nunca iremos saber de fato tudo que se possa passar na cabeça de alguém. Disse isso, enquanto olhava pela janela, com a voz distante e os olhos avistando o horizonte. Olhando para a rua, avistou uma loira de parar o trânsito e seu olhar pousou sobre o decote da moça. Ah, essa eu pegava! Como, doutor? Nada, dona Sabrina, nada.
Amor, quem era ao telefone? Era a tal safada magrela, como você mesma a chamou? Aposto que ela sentiu saudades de mim... Putz, credo, amor, quase me acerta com o vaso. Isso foi só um aviso para não cutucar uma onça com vara curta. Está bem, está bem. Mas, aliás, que onça, hein? Olha só que marcas profundas de unha aqui. Caham, sim, era aquela vaca maldita da secretária ligando para confirmar a consulta. Humm, e você não vai? Claro que não, seu desligado! Te falei ontem à noite que iria desmarcar. Ah sim. Também, como eu poderia prestar atenção em alguma coisa, quando eu tinha tal mulher deslumbrante bem na minha frente? Humpf! Ah, vem cá, amor. Ah, nem vem me beijando porque ainda tô brava com você. Não, pode parar por aí mesmo. Já disse para parar... Ah, então eu paro. Se você parar agora, é um homem morto.

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