segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Melissa, verbete

Capítulo 19

Melissa foi pega de surpresa ao saber disso, e imaginou como deveria ser deslumbrante aquela mulher. Mas, ela com certeza o era bem mais!! Mais linda e poderosa, fora que no auge dos dezoito tinha tudo no lugar. Duvido que ela tenha esses seios e bumbum durinhos, como eu tenho. Ah vá!
Ah, Alberto, eu adoraria sair daqui para algum lugar. Que tal minha casa? Assim, podemos tratar melhor de negócios, o que acha? Hum, não. Prefiro um motel, é bem melhor. Humm, boa pedida. Deixa eu só fechar a conta, então. Ei, moça. Pois não? Gostaria de encerrar a conta (dita com um sorriso maroto). É pra já (olhos brilhando). Antes de sair, Alberto deixou uma gorjeta e desta vez o sorriso foi mais aberto, o qual foi recebido com outro sorriso, só que mais contido. Toda a ação, é claro, foi notada, mas Melissa só pensava em ficar com aquele homem que sempre mexia com ela. Não admitiria nunca, mas não deixava de pensar nele. E também no último encontro, ela nem se deu conta de nada. Portanto, agora iria aproveitar tudo, ciente de tudo. Mas não escapou-lhe o pensamento de que o esporte preferido do homem era o flerte. Afinal, com um mulherão como ela, como ele iria pensar em sair com uma desmilinguida como essa atendentezinha? Nem carne direito ela tem, humpf!
Saindo do local, passavam um monte de coisas pela cabeça de Alberto, e uma delas era como a situação atual era inusitada. Nunca fora santo, assim como muitos homens não o são. Mas, sair com essa Melissa, sendo casado com Melissa, era um tanto quanto irônico. Ah, pára de pensar tanto, cara, e vai na vibe. Sentiu de repente a moça pousar a cabeça em seu ombro. Tão linda e perfumada, como sempre. Hum, mas não lembro desse perfume...o telefone, em seu bolso, começou em instantes a vibrar..
Humm, já até sei quem está tentando me ligar, mas, na boa, vai esperar. Afinal, quem dispensaria "uma" Melissa? Poderia ter todas as mulheres que quisesse, mas, sinceramente se tinha uma pessoa que mexia intensamente com seus pensamentos, sentidos e o deixava ligado, era "ela". Melissa. E, perder essa sensação só se fosse maluco...Melissa. Humm. Deveria ser até verbete de dicionário com o significado de mulher fatal.
Chegando no motel, Alberto sorriu animadamente para a atendente que lhe entregou as chaves de uma suíte. Moça morena, altura cerca de 1,60m, cabelos curtinhos e repicados, um pouco acima do peso, sorriso cativante, olhos castanho-claros, cerca de 31 anos. Melissa só deu uma olhada e logo constatou que pelo visto o rapaz conhecia todas as mulheres da cidade, mas com certeza, o "conhecer" bíblico. Mas, ela era segura consigo mesma e ficou na boa. 
Seguiram para o quarto, afinal. Assim que saíram, logo em seguida, entrou no hotel um trio. Uma mulher e dois homens. Boa tarde, pois não? Gostaria de uma suíte para três pessoas. Perdão, senhora, mas a reserva em nome de quem? Confira nos seus arquivos, por favor, uma reserva feita em nome do Dr. Mendes. Pois não. Aqui estão a chave. Espera, o senhor não é o famoso...? Hummm, talvez sim, talvez não...porém, acredito que essa singela nota de cem reais a fará "esquecer" que me viu por aqui, certo? Sim, com toda certeza.


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