quarta-feira, 15 de abril de 2015

O bilhete...

Capítulo 6

Naquela noite, depois de descarregar a tensão com o maridão, Melissa pegou no sono, e teve um sonho estranho, meio que do passado: viu-se no sonho com seus treze anos de idade, e ela estava no baile do colégio, usando um vestido branco florido e dançando com um garoto muito bonito. Hmm, que gatinho. Enquanto dançavam, o garoto teimava em descer demais a sua mão, mas ela foi firme e por fim, deu-lhe um forte pisão no pé. Num ímpeto, com raiva, o garoto puxou-lhe o vestido, e de repente, viu-se no meio da festa, completamente nua! Às lágrimas, tentou-se esconder para se proteger e esconder sua nudez, mas o garoto a segurou fortemente, e não a deixava escapar. Pedia por socorro, mas ninguém a acudia, os meninos a olhando com desejo, as meninas rindo jocosamente, e até mesmo os professores aparentemente estavam adorando a situação...
Do nada, irrompeu no meio da multidão um garoto forte e atlético, e deu uma voadora, derrubando o par de Melissa. O que caíra, ao levantar-se, tentou ainda tentou esmurrar seu atacante, mas levou um belo golpe de esquerda que o levou instantaneamente à lona. O menino cavalheiro, então, tirou seu casaco e vestiu-a, protegendo-a. Está tudo bem com você? Sim, só me deixa ir embora daqui, quero morrer! Nunca me senti tão humilhada na minha vida inteira...Sob os olhares de todos, conduziu-a um canto seguro, longe dali.
Olhando o rosto do garoto, achou-o familiar, de alguma forma. Hein, desculpa, acabei nem agradecendo pelo que você fez. Falando isso, qual o seu nome?. Ora, só fiz aquilo que é certo. E a propósito, meu nome é Jorge.
À menção do nome, Sabrina acordou subitamente gritando por socorro. Que foi, amor? Mais um pesadelo? Sim, é que tive um pesadelo horrível, e por algum motivo, estou morrendo de medo de alguma coisa, só não sei o que é. Ah, não fique assim, venha cá, se aconchegue em meus braços. A propósito, sei que este não é o momento, mas quando você gritou, disse antes o nome “Jorge”. É alguém que você conhece? Oh, desculpe, não fique assim, devia ter esperado para perguntar quando estivesse mais calma...
Ao ouvir a confusão, Marinho bateu na porta dos pais, perguntando se estava tudo bem com a mãe. Ah, sim, filho, já está tudo bem com a mamãe, sim. O papai estava aqui e já está me confortando. Dormiu bem, meu anjo? Sim, sim, mamãe. Dormi muito bem sim. Ah, eu tava no banheiro, e vi este bilhete aqui perto da sua calça e li escrito o nome Jorge. Quem é esse Jorge, mamãe?

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